Postado por [email protected] em 24/jul/2024 - Sem Comentários
A Ambiental Paraná realizou o 2º Fórum de Segurança e dessa vez o foco foi em instruções relacionadas à direção defensiva e comunicação de acidentes. A ação faz parte das iniciativas da unidade em trazer assuntos pertinentes à segurança no trabalho nas mais diferentes frentes.
“Nós entendemos que a preocupação com a segurança é algo inerente ao nosso propósito de movimentar vidas. Todos precisam estar seguros no desempenho de suas funções e voltar para os seus lares bem. Por esse motivo, nosso compromisso é trazer esses assuntos e instruir os colaboradores periodicamente, minimizando os riscos”, afirma o diretor executivo da Ambiental Paraná, Rafael Fendrich que abriu o evento.
Em seguida, os departamentos de EHS e Frotas apresentaram as Regras de Ouro de Segurança, abordando os tópicos relevantes e as boas práticas na utilização de veículos. O 2º Fórum de Segurança ainda teve um convidado especial, o soldado Mattoso, do Batalhão de Trânsito da Polícia Militar do Paraná, que mostrou as principais infrações e cuidados que precisam ser tomados quando estamos no trânsito, seja como motoristas, passageiros ou mesmo pedestres.
Para finalizar, o Departamento de Recursos Humanos realizou uma dinâmica com os participantes, enfatizando a confiança no próximo e o cuidado que são necessários quando estamos no trânsito.
Postado por [email protected] em 20/jul/2024 - Sem Comentários
Quem são os 35 milhões de brasileiros que não têm água tratada e quase 100 milhões sem acesso à coleta e ao tratamento de esgoto? Onde eles moram? Quais são as populações mais afetadas durante eventos extremos das mudanças climáticas, como enchentes ou secas severas?
Estudos mostram que, em geral, os mais empobrecidos, pessoas negras, indígenas e periféricas são as mais atingidas.
À essa circunstância se dá o nome de racismo ambiental, um conceito que passou a ser usado por um líder dos direitos civis nos Estados Unidos, ao defender populações negras atingidas pela toxicidade de produtos químicos armazenados próximos às suas casas.
As relações entre a falta de saneamento e racismo ambiental foram o tema da live do Respeito Dá o Tom, programa de igualdade e diversidade da Aegea, com estudiosos sobre o assunto de extrema relevância diante dos desafios do meio ambiente que o planeta enfrenta.
Com abertura e participação da coordenadora do RDT, Keilla Martins, a live foi conduzida pelo presidente do Instituto Aegea e diretor de Sustentabilidade da empresa, Édison Carlos, e teve a participação de mais de 550 pessoas.
“Os eventos climáticos recentes, que se acentuam com a ausência de saneamento, atingem a todos, mas via de regra, os que mais têm dificuldade em lidar com essas mudanças são os mais vulneráveis, os mais pobres, os negros ou as mulheres”, disse Édison Carlos.
Os professores Basilon Carvalho, do Instituto Identidades do Brasil, o ID_BR, e Fernando Garcia, pesquisador-chefe do Instituto Trata Brasil, mostraram dados sobre a privação do acesso aos serviços básicos, que é maior entre pessoas negras, indígenas e que moram em áreas vulneráveis.
“A privação ao sistema de saneamento em suas várias dimensões – dentro e fora de casa, e como isso tem uma incidência maior em alguns grupos como a população negra, as raças autodeclaradas pretos e pardas e os indígenas têm restrições maiores”, afirma o professor Fernando Garcia.
Segundo ele, o saneamento é fundamental para o direito à saúde e bem-estar e essa privação dessa população ao acesso ao saneamento reforça as desigualdades no nosso país. No estudo, foram abordadas cinco dimensões para analisar este tipo de questão.
1- A primeira é a privação da água tratada. O Brasil tem quase 9 milhões de domicílios sem acesso à rede de água, onde moram 27 milhões de pessoas.
2- Praticamente o dobro de pessoas tem irregularidades no fornecimento de água tratada, que atinge 17 milhões de residências e 51 milhões de brasileiros.
3- Outra é a impossibilidade de ter um reservatório para armazenar a água, que atinge quase 11 milhões de moradias, com 32 milhões de pessoas vivendo nestas condições.
4- Residências sem banheiro são 1,3 milhões de moradias e 4,4 milhões de habitantes no país.
5– Sem esgoto são 23 milhões de moradias e 70 milhões de pessoas sem acesso à coleta e ao tratamento. O número é bem maior, segundo o professor, pois outros 30 milhões têm ligação à rede de drenagem, uma rede onde o esgoto não vai receber tratamento.
Os dados são do PNAD e IBGE, analisados a partir do perfil da população – como é a casa, onde está essa privação e qual é o perfil das pessoas que moram nessas residências, evidenciando o racismo ambiental.
“A partir da análise, se tem uma noção da dimensão social mais clara, que mostra que 50% da população parda não tem abastecimento de água por rede geral. Depois vem a preta e a indígena. É um problema muito grave, pois é a primeira condição para uma pessoa ganhar salubridade, é o ponto de partida do saneamento”, disse.
“São 67% entre pardos e pretos da privação, o que mostra claramente a concentração de um grupo racial específico. Um entre cada três indígenas não recebe água tratada no Brasil, quer dizer, o simples fato de ser indígena já aumenta a probabilidade de estar excluído do sistema de abastecimento de água”, afirma Fernando Garcia.
A situação se repete nos outros dados analisados – os três grupos: pardos, pretos e indígenas, são os mais afetados. A disponibilidade de ter estrutura de reservação a incidência prevalece sobre os mesmos grupos.
Na questão do banheiro se tem uma explosão – no grupo em questão, entre cada quatro brasileiros que estão sujeitos ao problema, três não têm um equipamento em casa para fazer a higiene pessoal.
Na coleta e tratamento do esgoto se repete um quadro bastante severo – dois entre cada três pessoas que não têm acesso fazem parte da população parda e preta. “Estamos falando de um problema que afeta com muito mais incidência esses grupos populacionais. E por essa razão, vamos ter um racismo ambiental mais definido seja na falta de banheiro em casa ou na coleta de esgoto”, disse o professor durante a live..
O aumento do acesso aos serviços de saneamento está diretamente ligado à diminuição das doenças de veiculação hídrica, que caiu de 32 casos a cada mil habitantes para seis casos em 2021.
“Obviamente, fica fácil perceber a implicação disso para a população indígena e negra, pois se estão mais atrás da linha de desenvolvimento temporal do acesso ao saneamento, ela vai ter uma probabilidade maior de doenças”, afirma. Os dados do SUS confirmam essa análise.
Houve queda também em outras doenças ligadas ao saneamento. “Por conta dessas doenças, o estudo mostra também que há queda no rendimento escolar desses brasileiros, impactando na menor escolaridade”, afirma Édison Carlos.
Outra condição importante é a moradia. A grande maioria dessas famílias é de quatro pessoas, a mãe com três filhos ou um casal com dois filhos. Às vezes, a residência recebe um número maior de pessoas.
“Em sua grande maioria, são famílias formadas por pessoas autodeclaradas pardas ou pretas, que tiveram condições econômicas precárias – quer dizer, a chance de estar desempregada é maior e, quando empregadas, o nível médio de renda é menor. Um ciclo que vai afetar os filhos dessas famílias, que também não terão a educação necessária para se desempenharem no futuro. O racismo é um mecanismo que tem esse gene da reprodução”, disse.
Os mais de 550 colaboradores de todas as regionais da Aegea que participaram do evento conheceram também ações práticas para mudar o cenário dessa triste realidade e a universalização do acesso ao saneamento é uma delas.
“A visão de universalização coloca a régua em cima e vai quebrar essa transmissão de condições ruins de geração a geração. Se torna uma política social que, junto a outros mecanismos, vai permitir um desenvolvimento acelerado e mais consistente. A geração lá na frente vai sair com condições de saúde melhores e isso vai ter muitos impactos para o Brasil a médio e longo prazos”, apontou o pesquisador do Instituto Trata Brasil.
“As pessoas mais vulneráveis costumam ser as mais atingidas, seja pelas doenças, pela insalubridade do local onde eles vivem e são as populações que a Aegea atende prioritariamente, seja na região de palafitas em Manaus, nas comunidades do Rio de Janeiro, no Mato Grosso, no Rio Grande do Sul, no Paraná, enfim, nas mais de 500 cidades onde atuamos”, afirmou Édison Carlos.
Veja o estudo completo no site do Instituto Trata Brasil. E acompanhe aqui no Aegea Blog, na semana que vem, mais sobre o assunto com o professor Basilon Carvalho, do Instituto Identidades do Brasil, o ID_BR
Postado por [email protected] em 16/jul/2024 - Sem Comentários
Muito tem sido feito para ampliar e melhorar os serviços de saneamento nos últimos anos. Mas ainda são necessários muitos investimentos para sanear o Brasil, um país continental, populoso e com alarmantes realidades sociais, como mostram os números abaixo.
sociais, como mostram os números abaixo.
São 32 milhões de brasileiros sem acesso à água tratada. O número equivale a quase toda a população do Peru.
Ainda são 90 milhões de pessoas que não têm coleta de esgoto. A mesma população do Reino Unido e da Austrália.
Apenas 52% do esgoto coletado é tratado. O restante, vai para a natureza sem nenhum tipo de tratamento.
De toda a água tratada, 37% é perdida. Um benefício transformador que se perde antes de chegar à casa das pessoas.
O novo Marco Legal do Saneamento, como ficou conhecida a Lei 14.026 de 15 julho de 2020, que comemora agora quatro anos, trouxe novas metas e objetivos na busca de soluções:
Aumentar de 53,2% para 90% o total de pessoas com acesso à coleta de esgoto até 2033.
Elevar de 83,6% para 99% o total de brasileiros com atendimento em água tratada no mesmo período.
Para ampliar os serviços, o novo Marco Legal do Saneamento permitiu a maior participação da iniciativa privada, que contribui com novos recursos para os investimentos que precisam ser feitos.
Neste sentido, a Aegea vem desempenhando um papel significativo na transformação do cenário do saneamento básico brasileiro, obtendo vitórias em diversas concessões.
Em 2021, a empresa iniciou operações de esgoto em três Parcerias Público-Privadas (PPPs) e conquistou blocos em leilões da Cedae.
Em 2022, a Aegea venceu a licitação dos serviços de esgotamento sanitário no Crato (CE), os blocos 1 e 2 da Cagece, a Companhia de Água e Esgoto do Estado do Ceará, que englobam as regiões metropolitana Sul de Fortaleza e do Cariri (Bloco 1) e metropolitana Norte de Fortaleza (Bloco 2).
Além disso, venceu o leilão para gestão dos resíduos sólidos urbanos na região do Cariri, assim como o leilão de aquisição da Corsan.
Em julho de 2023, a companhia venceu o leilão de PPP da Sanepar. Em novembro, venceu dois leilões: de Jaru, em Rondônia, e de Governador Valadares, em Minas Gerais.
Uma das críticas ao novo Marco Legal do Saneamento é que ele não traz soluções para os locais onde o déficit é maior, como os pequenos municípios brasileiros.
A Aegea vem superando estes desafios, com atuação em cidades com diversas particularidades e de diferentes portes: de 1,8 mil habitantes a 6,8 milhões de moradores. E 81,5% das cidades atendidas pela empresa têm menos de 50 mil habitantes.
Operando em cidades de diversos portes, a empresa se adapta aos diferentes contextos pelo país, levando para as pequenas localidades a mesma tecnologia e conhecimento com que opera em grandes centros.
As conquistas da Aegea após o novo Marco Legal se devem em grande parte à credibilidade junto ao mercado.
A companhia saltou de seis municípios atendidos em 2010 para mais de 500 em 2024, distribuídos em 15 estados, beneficiando mais de 31 milhões de pessoas.
Essa evolução foi possível devido ao modelo de negócio da Companhia, que tem como base eficiência e expertise operacional, disciplina financeira e o alinhamento aos princípios ESG.
Para viabilizar o acesso ao saneamento para a população vulnerável, promovendo inclusão sanitária, expandiu além das obrigações contratuais os benefícios como o da Tarifa Social.
Atualmente, já são mais de 1,9 milhão de pessoas beneficiadas com o programa. Em Manaus, criou a Tarifa 10 para dar acesso à população manauara por R$ 10 ao mês.
Para a Aegea, uma concessão não é apenas um contrato, mas um compromisso com a geração de prosperidade compartilhada em cada território onde atua, promovendo vidas mais dignas e saudáveis.
Só em 2023 foram gerados 6.000 novos empregos com foco na contratação de mão de obra local nos municípios onde a empresa atua. Para gerar renda e desenvolvimento nas comunidades, tem programas voltados ao primeiro emprego formal.
No mesmo ano, foram coletados e tratados aproximadamente 600 bilhões de litros de esgoto. O equivalente ao volume de mais de 200 mil piscinas olímpicas que deixaram de ser lançadas in natura no meio ambiente.
O programa de redução de perdas gerou uma economia de 15 bilhões de litros de água, volume suficiente para abastecer uma cidade de cerca de 300 mil pessoas por um ano.
O avanço nos serviços de esgotamento sanitário já se refletem na melhoria histórica na balneabilidade de praias, como a do Flamengo e Botafogo, da Ilha de Paquetá.
A recuperação da Baía de Guanabara, promessa antiga que se tornou compromisso da Águas do Rio, está sendo viabilizada. Mais de 82 milhões de litros de água poluída deixaram de ser lançados diariamente.
Os resultados já aparecem nos boletins de balneabilidade do Inea, o Instituto Estadual do Ambiente. A Lagoa Rodrigo de Freitas também vem sendo recuperada.
Hoje a Aegea está presente em 15 estados, tem 55,6% de market share do setor de saneamento privado e atua em cidades com diversas particularidades e de diferentes portes: de 1,8 mil a 6,8 milhões de habitantes. A população atendida passou de 7,8 milhões, no final de 2019, para mais de 31 milhões em 2024.
“Foram muitos avanços, mas ainda há muito a ser feito para garantir saneamento básico de qualidade para todos os brasileiros. É fundamental que continuemos a manter a segurança jurídica para atração de investimentos e o portfólio de leilões que garantem competitividade, promovendo a universalização com metas e prazos definidos. Juntos, podemos transformar o cenário do saneamento no Brasil, garantindo uma vida mais digna e saudável para todos. Como a gente faz, faz a diferença”, afirma Andrea Haggstram, diretora de Relações Institucionais da Aegea.
Texto: Marcela Borges e Rosiney Bigattão